segunda-feira, 15 de novembro de 2010

MASTIGA


Teu corpo seduz-me noites inteiras
Em sonhos, em apelos, em tato
A cama se torna boca
Que mastiga, fustiga, fastia
Engole e cospe,
Mastiga, mastiga, mastiga
Rumina
E não sacia

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

COMO NASCE O AMOR?


O amor nasce em brisa
É sopro de vida
Chega doce, suave
E arrepia
Inebria
É quente quando frio
Refresca quando arde
Atingindo o peito
Que, aceso
Estremece
Atingindo a visão
Que, de tantas cores e brilho vistas
Cega
Atingindo os sentidos
Que aos zunidos
Se tornam unidos
Vibrando veias e músculos
Percorrendo braços
Até mãos que tremulam
E suam
Enraizando pelo corpo
Segue o maravilhoso
Processo de tomada pelo sentimento
Indo ao estômago
Faminto, nervoso, ansioso
Derretido
Descendo às pernas
O amor já é grande
E pesa
Enfraquece
Dobra os joelhos
Desestabiliza a pisada
Desvio o prumo
E nos coloca no rumo
Nos põe em seu caminho
E faz em nós ninho