segunda-feira, 5 de outubro de 2009

VOU PROCURAR


Tem dia que não é dia de folia
A casa caiu, o chão rachou
O céu desabou e meu sangue secou
Mesmo com sua partida tão desejada
Levou um coração gostando tanto de você
Amores voláteis e paixões passageiras
Já fora avisado no alto do cardápio
O especial da casa é puro sentimento
Recheado a solidão e fatiado a lamento
Servido de alimento ao tubarão
Amarguei sob sua chibata culpas e deveres
Remoendo o ser que sou pra ser nada pra você
Mudando o destino e até mesmo o sorriso
Que trazia comigo, antigo feliz menino
Sua hora tão voraz sem tempo alimentou
Meus veios humanos com saudade
Seus ares de sedução entupiram
Meus pulmões de lacrimogêneos
E meu coração tão querido, tão amado
Virou depósito de pó, poeira, areia e pedra
Porém fora avisado, porém não fui preparado
Queria só fazer-te teu bem, ser meu também
Não ser esse ser mal-amado, ser pobre, um coitado
Em meus sentimentos silenciado
E por eles sim, julgado
O erro foi só meu, quem aproveitou foi só você
Dona por inteiro sem dividir minha companhia
Falando abobrinhas e sempre me envergonhando
Usando o que nenhum dinheiro vai comprar
Foi definhando minha esperança de amar-te
Alma que bem me resguardara encontrava-se sórdida ameaça
Assassina voraz, descrente de piedade
Sempre sonegando meus simples direitos
Com juras de paixão sem atender minha ligação
Nem mesmo um boa noite vindo já com tanta mão
Seu dia deprime, sua tarde desmaia, sua noite enlouquece
Carreguei peso demais, cheio de ódio e estupidez
Quer saber? Tchau!
Vou procurar quem me trate bem

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