quarta-feira, 30 de junho de 2010

SHIRLEY


Andava pela estrada em que a noite era eterna
Cruzando vozes sem rosto e sem expressão
Só me tocava o que era frio e sem sentido
Que por vezes doía, nem sei se sangrava
Cabeça baixa, faltando respeito, moral
Um pouco, um pobre, fui boçal
Só, jogado, uma droga de uma sobra
Até a brisa que me chegou
Morna, lisa, encaracolada e querida
Foi-me apresentada oi sorrindo
Iluminando meu labirinto
Aquecendo minha visão
Das trevas se fez cores
E de teus lábios desejo
Aos olhos fui menino
E na pele toques de carinho
O mundo rodou, girou, pirou
E desde então não mais parou
O corpo pulsando por querer
Sonhando só em ser em língua
Em saliva parte de nós dois
Agora a cada dia sinto mais alegria
A cada dia gosto mais de você
A cada beijo te amo, te amo, te amo.

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