quarta-feira, 1 de julho de 2009

PÉROLA NEGRA

/ Estamos nos acostumando a ver
Corpos se vendendo pela noite
Aliciados por sua malícia
* Insensível mercadora de escravos
/ Fazendo filas de almas perdidas
Carregadas de desespero
Forjado no teu inferno
/ Horda esta subtraída de visão
Envenenada em sua escuridão
Perdida entre seus labirintos
/ Restos de gente abatida
Apodrecidos quase sem vida
Sem nenhuma estima ou valor
/ Flagelando a própria carne
Destruindo o pouco que restou
De seu já falecido orgulho
/ Sem ter pernas para correr
Ficam inúteis a se debater
Presas fáceis da insaciável
* Voraz mercadora de escravos
/ Precisando de uma mão amiga
Uma luz que lhes sirva de guia
/ Farol no meio da tempestade
Ar no pulmão pra gritar liberdade
/ Anjos que foram seduzidos
Numa teia feita de ilusão
/ A noite inteira sendo sugados
Esvaziados de humanidade
/ Desabando pela madrugada
Sofrendo só em desatino
/ Virando cinza ao contato do sol
Pó sujo dentro do cinzeiro
* Da assassina mercadora de escravos

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