quarta-feira, 18 de novembro de 2009

DEGRAUS


A cada passo dado errado
Os degraus à frente
Da escada ao Olimpo
Tornam-se mais altos
Já não os caminho
Já não os faço
Se tornam suplício
Só os alcanço no salto

A perna cansada
O dorso pueril
Braços dormentes
Visão deturpada
Afundo nas mágoas
Até amizade
Evito o amor
Magôo minha amada

E quando vejo tropeço
Não fico onde estava
Despenco degraus
Assim volto mais
Das forças que sobram
Junto às lágrimas
Saio desse buraco
E não volto jamais

É questão de respeito
A mim e ao meu contexto
Pois em mim mora
Um cara bom que por um triz
Não ficou pela estrada
Não viu mais a noite enluarada
Não abraçou sua mulher ao beijá-la
Um cara bom querendo ser feliz

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