segunda-feira, 2 de novembro de 2009

POR UM INSTANTE


Egoísta, assim me percebi só
Reconhecer erro não deve gerar dó
É a solução da aflição que cerceia a alma
Saída do labirinto que aprisiona o espírito
Fuga do desatino que enlouquece a mente
Reencontro de si, novamente sendo gente
Mãos, frias sem sentimento
Esquecidas que ficaram
De como carinhos lhe importavam
Espalharam sofrimento
Peito gelado
Afastando a companhia
De quem lhe queria
Ficou amargurado
Olhar corrompido
Carregado de orgulho
Fútil brilho, um entulho
Cego triste caído
Só solidão me acompanhou
Arrogância me dominou
Inútil sensação de desgosto
Desagradando o meu oposto
Perdi minha grande virtude
De fazer do amor plenitude
Quero ver ainda ao meu lado
O rancor quieto, silenciado
Agora saudade ficou
Agora ninguém ficou
Eu gostaria apenas
Por um instante
De uns poucos minutos
Fazer uma mulher feliz

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